quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Motores e suas peculiaridades


Os aviões hoje são movidos por basicamente três tipos de motores, são eles:  motores a pistão, motores turbo-hélice e motores a reação, também conhecido como motores a jato.

Os motores a pistão, presente em grande parte dos monomotores, possuem o funcionamento idêntico aos motores que hoje temos em nossos carros particulares. São motores de combustão interna, que podem ter carburador ou não, possuindo assim injeção de combustível diretamente no tubo de admissão ou na câmara de combustão.

Os motores turbo-hélice e a reação usam o princípio de compressão do ar e expansão do mesmo através de uma câmara de combustão que os aquecem, proporcionando assim o empuxo necessário.
Como pretendo focar inicialmente nos aviões a pistão, futuramente teremos um artigo que irá tratar dos motores a reação e turbo-hélice.

Abaixo segue um esquema do funcionamento de um motor a pistão.

Um tubo de admissão é responsável por captar o ar e passá-lo por um filtro de ar a fim de limpá-lo para que nenhuma partícula possa ser ingerida pelo motor e danificá-lo. Uma vez filtrado o ar então é misturado com o combustível, no caso a gasolina, pelo carburador.

A mistura ar e combustível é direcionada até o cilindro onde terá sua ignição realizada pela vela. Uma vez realizada a ignição, a mistura empurra o pistão movendo a biela e, por conseguinte o eixo de manivelas, o qual por transmissão movimenta o eixo principal que está ligado a uma hélice no caso dos aviões.
Os gases provenientes desta ignição são depois eliminados e enviados para o escapamento para serem lançado de volta ao ar.

Nos aviões, este tipo de motor tem uma peculiaridade que é a rarefação do ar a medida que o avião vai subindo. Desta forma a medida que o avião vai subindo, se a massa de ar que entra no motor não for corretamente ajustada, a mistura ficará extremamente rica, ou seja, muito combustível e pouco ar, levando assim a um desperdício de combustível, pois após a ignição da vela, sobrará ainda combustível a ser queimado.

Para empobrecer a mistura de ar e combustível, o piloto tem em suas mãos uma manete similar a manete de aceleração, só que de cor vermelha.

Na figura acima temos a manete de potência, marcada de azul, e a manete de mistura marcada de vermelha.

A operação deste comando será abordada de forma mais detalhada em outros artigos.
Esta foi de forma simplificada a explicação de como um motor a pistão funciona. Este conhecimento será necessário em nossos próximos artigos.

Próximo post: Asas e superfícies móveis.

Bons Vôos!




sábado, 29 de outubro de 2011

O avião


Assim como aprendemos na auto-escola os principais componentes de um carro no nosso primeiro dia de aula, faremos o mesmo com o avião.

Todo e qualquer aparelho mais pesado que o ar possui asas, sejam elas rotativas ou fixas. A asa é espinha dorsal do avião, ela tem a função de gerar uma força chamada sustentação, a qual permite que os aviões voem.

Diferente das asas, o motor não está presente em todas as aeronaves, podemos, a depender das condições climáticas, planar em certas regiões devido a correntes de ar ascendentes. Porém, para não ficarmos refém da natureza para voarmos, incorporamos o motor ao nosso avião.

Além do motor, temos o charuto do avião, o qual tem a função de compor a estrutura aerodinâmica, bem como efetuar nele a acomodação de pessoas, cargas e aparelhagem necessária para o controle do avião.

Na cauda da maioria dos aviões temos mais outros dois componentes importantes que é o estabilizador horizontal e o estabilizador vertical. O estabilizador horizontal é composto por pequenas asas que ficam próximas ao estabilizador vertical, o qual tem o objetivo de fazer com que a cauda do avião se levante ou abaixe, fazendo assim com que o avião aumente ou diminua a altitude do avião em relação ao solo. Já o estabilizador vertical tem a função de estabilizar o avião nas curvas fazendo com que o mesmo não faça uma curva derrapada.

O avião, mesmo sendo uma máquina feita para voar, deve possuir aparelhagem para ser guiado no solo, para tal tem-se o trem de pouso, os quais podem ser de diferentes tipos: Pneus em sua grande maioria, flutuadores para aviões anfíbios e skis para aviões que posam em regiões com neve.


Para cada parte acima citada, tem-se uma série detalhes a serem estudados. Iremos citar as principais funções de cada componente em nossas próximas postagens.

Próxima Postagem: Motores e suas peculiaridades

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

O sonho de voar da humanidade

Por volta do ano 200 A.C, na China, um prisioneiro chamado Yuan Huangtou conseguiu fugir de um presídio apenas amarrado a uma pipa. Este feito por mais desconhecido que seja, está escrito em qualquer relato sério que conta a história da aviação. Embora Yuan tenha conseguido decolar e pousar com segurança, os militares não tiveram piedade e lhe mataram assim que pousou, aproximadamente 2 km distante do ponto de decolagem.

A ambição humana de voar está ilustrada na mitologia de diversas culturas, uma das mais conhecidas é a história de Dédalo e seu filho Ícaro. Na tentativa de deixar Creta, pai e filho construíram asas de cera do mel das abelhas e penas de gaivota. Antes da fuga, Dédalo alertou ao filho que não voasse muito próximo ao sol, pois assim a cera poderia derreter e sua tentativa de voo poderia levar a um fim trágico.
No entanto Ícaro não ouviu os conselhos do pai e na tentativa de voar próximo do Sol teve a cera de suas asas derretidas e acabou caindo no Mar Egeu.

No renascentismo, um importante legado no campo da aviação foi deixado por Leonardo da Vinci. Além de seus estudos no campo da medicina e das artes, Da Vinci estudou bastante sobre o vôo dos pássaros e publicou o Codex sobre o vôo dos Pássaros, bem como planos para diversas máquinas voadoras, as quais já até tiveram sua viabilidade de vôo aprovada.

No final do século XIX, início do século XX, duas figuras clássicas destacam-se no campo da aviação, são eles, o brasileiro, Santos Dumont e, os americanos, irmãos Wright.
O mundo hoje se divide quando questionada sobre quem foi o verdadeiro inventor do avião. Brasileiros e europeus reconhecem Santos Dumont como inventor, ao passo que parte da América reconhece os irmãos Wright como os inventores deste aparelho fascinante.

O Flyer 1, avião dos irmãos Wright, voou em 1903 por alguns metros e teve que ser catapultado para alçar vôo. Já o 14 Bis, aeronave de Santos Dumont, em 1906 alçou vôos na França sem utilizar qualquer artifício como uma catapulta ou rampa de decolagem.

Polêmicas a parte, o importante é que hoje o avião encurtou distâncias, revolucionou o transporte mundial está aí para admirá-los, estudá-los e principalmente voá-los.

Sejam Bem vindos ao piloto privado, espero que tenhamos linhas e mais linhas de puro conteúdo aeronáutico.

Bons voos comandantes.